Grafologia: a visão de uma pessoa como um livro aberto (introdução)
Pense comigo... o que poderia ser mais interessante do que ler as qualidades de uma pessoa como se fosse um livro aberto?
A Ciência da Grafologia, tal como a conhecemos hoje, oficialmente teria surgido há mais de três séculos atrás. Apesar disto, provas cabais nos informam que ela já era utilizada muito tempo antes disto. Diversos documentos antigos revelam que governantes e magos possuiam fascínio pela eficácia desta ciência oculta.
Por exemplo, o imperador Nero, em uma das cartas que escreveu, declara: "Eu tenho medo deste homem, porque sua letra mostra que ele tem a natureza traiçoeira". Fato é que, inspirados pela influência das emoções sobre a escrita, Aristóteles (384 - 322 a.C.), Demétrio de Faléreo ( 309 a.C.), Dionísio ( 100 a.C.) e até o poeta Menandro, dentre muitos outros, relacionavam o caráter da pessoa com a escrita. Apesar de existir este interesse, perdemos o contato com as formas exatas do método para tais avaliações. Talvez por perseguição religiosa, talvez por temor de seus efeitos reais, o fato é que depois de Nero, a grafologia ficou silenciada por muitos e muitos séculos.
Após o renascimento, a primavera dos eventos de luz da humanidade logo passaram a buscar o resgate daquelas antigas verdades. E assim, já no século 17, havia farto material grafológico sendo aplicado por diversos mestres do oculto. Com o advento da crescente liberação da ciência o médico, professor italiano da Universdade de Bologna, Camilo Baldo (1555-1635) se dedicou a estudar a escrita e o caráter das pessoas. Isto resultou na publicação do primeiro livro sobre Grafologia, em 1622. Observamos que Baldo possuia 72 anos na data da publicação desta referência, idade extremamente avançada para época e portanto, um dos ícones de maior vivência do século 17.
A partir deste momento, nascia a definição clássica para a Grafologia: "a ciência da avaliação da personalidade e do carácter de alguem com base na escrita".
O fato, redespertado a partir de Baldo, passou a ganhar cada vez mais a atenção de especialistas. No século 18, Johann Gaspar Lavater (1710-1782) revolucionaria os gostos da corte ao revelar segredos inconfessáveis das altas dinastias monárquicas. Em um manual intitulado "Fragments Physiognomoniques" ele estabelece algumas das mais importantes regras da psicologia das formas. Mas faltava muito para a revelação total... os tempos revolucionários enfim, liberariam o segredo mantido a tantos e tantos séculos!
Como a Verdade não pode ser silenciada, ocorre algo muito interessante. A igreja teria impedido outras ciências ocultas, como a radiestesia, a se desenvolver. Muitos estudiosos, sinceramente interessados, perderam seus bens e a própria vida por se contraporem ao temor das revelações aos tiranos eclesiásticos medievais (mesmo os reformistas eram sectaristas). A ironia celestial faz o imponderável acontecer. Da igreja nasceu o Abade Mermet, o patrono universal dos verdadeiros radiestesistas...um verdadeiro estorvo para a igreja, que agora precisa admitir que é divino perceber o lado oculto da exuistência.
E em se falando da igreja, dela nasceria um dos patronos da Grafologias, o também abade e também francês, Jean Hippolyte Michon (1806-1881).
De maneira semelhante, ambos criaram bases científicas para o aprimoramento dos poderes ocultos.
Segundo o prof Afonso Sousa (Portugal), Michon estabeleceu 7 pilares mestres para a análise grafológica.
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A ordem consiste na distribuição das letras, das palavras e das linhas no espaço e isto é relacionado com a capacidade de adaptação de quem escreve.
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A dimensão consiste no tamanho das letras e é relacionada com a expansão dos impulsos e necessidades.
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A forma consiste no formato ou modelo de escrita e pode evidenciar os interesses e preocupações.
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A direção é a trajectória seguida pela linha base da escrita e pode indicar as variações de humor ou estabilidade emocional da pessoa.
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A pressão é a força exercida sobre o papel, e isto pode indiciar energia ou vitalidade.
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A velocidade traduz-se na rapidez do traçado, sendo capaz de evidenciar atividade e inteligência.
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A continuidade é o estilo de ligação entre as letras e palavras, podendo assinalar intuição e constância.
É de autoria de Michon o termo de GRAFOLOGIA. Continuando no caminho de Michon, seu melhor discípulo, Jules Crépieux-Jamin (1858-1940) é hoje considerado o verdeiro pai da Grafologia moderna. Com ele, o rigor cientifico e os critérios de classificação permitem organizar metodologias corretas e disto estabelecer o que apregoa por "escola oficial de grafologia".
Ao estabelecer estes padrões, o interesse crescente reuniu especialistas de toda a Europpa, mas em especial da Alemanha, França e Inglaterra.
A partir destes resultados, pesquisas governamentais mapearam interesses políticos, enquanto que as corporações, logo aderiram ao método para contratar os melhores funcionários.
Logo a grafologia encontrou legiões de adeptos na França, Alemanha, Inglaterra e Rússia. No final do século XIX, muitos intelectuais dedicaram um tempo considerável para melhorar as análises da caligrafia. Em anos diferentes, a grafologia fascinou o primeiro-ministro britânico Disraeli e escritor norte americano Edgar Allen Poe.
Já no século XX, um professor de fisiologia chamado Wilhelm Preyer, de Jena, descobriu que os pacientes, privados do poder da escrita devido à lesão na mão passavam a utilizar a boca ou dedos para escrever cartas. Analisando o comportamento caligráfico anterior, provou-se que não são as mãos, mas o próprio cérebro quem cria os padrões.. A uma conclusão semelhante chegou o Dr. George Meyer, um psiquiatra, que afirmou que a "força" da escrita é determinada pela energia psicomotora.
Na mesma onda desencadeada neste período - Max.Pulver, um médico e escritor suíço, liga a análise da escrita com o simbolismo do inconsciente fato que foi igualmente comparttilhado pelo filósofo Ludwig Klages.
Municiados por toneladas de evidências e hábeis pesqauisadores, a Grafologia passa a ocupar um lugar cada vez mais proeminente junto aos cientistas sociais europeus. Por sua eficácia e perfeição, a grafologia é adotada como uma sólida ferramenta para testes psicológicos.
Talvez um dos maiores diferenciais da Grafologia seja sua adaptabilidade social. Nesta ciência inexistem critérios para o grau de instrução formal das pessoas avalidas. Ela serve tanto para avaliaer semi analfabetos quanto ilustres doutores letrados.
Em uma condução mais aprofundada, a Interpol Britânica tem utilizado, com muito êxito, as ferramentas grafológicas para avaliar e prever atividades suspeitas. Dada a grande percentagem de acerto comunicativo das práticas modernas, pode-se dizer que seus resultados conferem um resultado qualitativo superior nas contratações de lideranças.
Como prova desta realidade podemos observar que, na Alemanha, a Grafologia é ensinada em várias Universidades..
Curiosidades Acadêmicas:
Nos Estados Unidos foi realizado um estudo intensivo da escrita, em 1939. Philip Gordon Allport e Vernon da Clínica de Psicologia de Harvard descobriram que se uma pessoa é propensa à rigidez, o comportamento prejudicado fica evidente em sua letra, bem como na postura, marcha, expressões faciais e gestos.
Os Comunistas e a Grafologia:
A Grafologia foi tratada como "material imperialista" nos anos 20. Isto fez parte da lavagem cerebral perpetrada pelos comunistas (o mesmo ocorreu em Cuba e na China). Apesar desta imagem pública, a verdade é que ela estava liberada. apemnasà KGB, o reduto da polícia secreta, encarregada de mandar dissidentes políticos para Sibéria...e coisas do gênero. De fato, para um leigo é muito difícil enganar seu caráter ante uma análise grafológica pericial.
No Brasil
Estas (dentre outras mega corporações) adotam a Grafologia como chave de seleção de RH:
Microsoft, Grupo Santander, Bank of América, Citibank, FBI, Interpol, Departamento de Defesa dos EUA, Coca Cola, Pepsi Cola, Ford Motor Company, General Electric, IBM, Firestone, Nestlé, Renault, Peugeot Motors, Xerox, St. Louis Police, N J Police Departament e muitas, muitas outras.
Atualmente, a grafologia é considerada com o devido respeito nas áreas de estudo da psicologia humana, psicoterapia, psiquiatria e é claro, na estratégia mundial de desenvolvimento sócio econômico.
Autoria:
Prof. Luis Felipe Klein
Consultor
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